domingo, 27 de março de 2011

Motor E.torQ equipa novos modelos Fiat



Campinas, São Paulo - Inaugurados pelo Punto, em julho passado, os motores E.torQ agora também estão sob o capô da linha Palio, Idea, Doblò e Linea. Na verdade, é mais fácil dizer em quais modelos o novo propulsor não está presente: apenas no Uno (que usa o Fire Evo 1.0 e 1.4) e Stilo (1.8 Powertrain).

Trata-se de uma nova geração de propulsores, mais modernos e econômicos. ‘’Promovemos uma renovação completa em termos de motores na linha de veículos Fiat. São motores mais potentes e com maior torque, ou seja, força, disponível a baixas rotações. Isso significa que o motorista pisa menos e o carro anda mais, gastando entre 5% e 10% menos’’, avalia o gerente de Comunicação da Fiat do Brasil, engenheiro mecânico Carlos Henrique Ferreira. Para apresentar as novidades à imprensa, a montadora realizou nesta quinta-feira o E.torQ Day, permitindo avaliar os modelos equipados com os novos motores.

Outra facilidade é que ambos os motores são flex. Enquanto o 1.6 16V desenvolve 115 cv a gasolina e 117 cv a álcool (torque de 16,2 kgfm e 16,8 kgfm, respectivamente), o 1.8 16V rende 130 cv com gasolina e 132 cv com etanol (torque de 18,4 kgfm e 18,9 kgfm, respectivamente). O grande diferencial é que 80% do torque máximo já estão disponíveis na primeira pisadinha no acelerador, aos 1.500 rpm, e 93% a 2.500 rpm. ‘’O E.torQ é uma revolução em relação ao seu antecessor, pois é mais compacto, tem desempenho superior e características de torque em baixa rotação. Dessa forma, proporciona força tanto na cidade quanto na estrada, já que também é muito elástico’’, explica o engenheiro mecânico da FPT Alexandre Xavier.




Além disso, a montadora também amplia as versões dotadas do câmbio Dualogic, sistema automatizado que é compacto e não gasta combustível a mais, ao contrário dos câmbios automáticos tradicionais.


NÚMEROS

Os novos motores exigiram dois anos de desenvolvimento, mobilizando 100 profissionais da Fiat Powertrain Technologies (FPT), com sede em Betim, Minas Gerais

Foram investidos R$ 250 milhões, entre reativação da fábrica (então pertencente à Daimler-Chrysler), desenvolvimento dos motores e treinamento de pessoal

Os novos propulsores rodaram 5 milhões de quilômetros em testes antes do início de sua produção

Ao todo, foram 20 mil horas de dinamômetro e 9 mil horas de simulações virtuais

TECNOLOGIA

Cerca de 70% dos componentes do propulsor, produzido na fábrica de Campo Largo, no Paraná, são novos. Além disso, apresentam uma série de inovações tecnológicas:

- Cárter estrutural em alumínio, proporcionando maior rigidez estrutural ao propulsor

- Virabrequim com microestrutura especial, dotada de oito contra-pesos, proporcionando maior resistência à fadiga, garantindo funcionamento mais suave e silencioso

- Coletor de admissão em plástico, que é mais leve, reduz as perdas de carga, otimiza o desempenho e favorece a uniformização do fluxo para os quatro cilindros

- Tampa do cabeçote em plástico, mais leve

- Tuchos hidráulicos, que dispensam manutenção e regulagem

- Corpo de borboletas drive-by-wire, com sensor contactless, eliminando o contato mecânico entre os componentes internos do sensor, o que atua para conservar o perfeito funcionamento do motor ao longo de toda a sua vida útil

- Corrente metálica de distribuição, que dispensa a necessidade de manutenção periódica

- Câmera de combustão com baixa relação superfície/volume, proporcionando a diminuição do tempo de combustão e maior eficiência térmica, resultando em ganho de desempenho e redução de consumo

- Pistões otimizados e grafitados (o que contribui principalmente para o funcionamento nos primeiros milhares de quilômetros), com menor peso e saias assimétricas, minimizando o atrito com os cilindros. Já o cubo reforçado aumenta a resistência

- Anéis do tipo low friction, de baixa carga tangencial. Segundo a Fiat, estão entre os de menor massa no mercado para a sua faixa de cilindrada, tornando-o mais eficiente.

- Bielas sinterizadas (processo de fabricação do pistão que utiliza o aço no estado de pó), forjadas e fraturadas, com menor massa, maior resistência e precisão absoluta na montagem.


Fonte: Fiat

Fotos Adair Santos/GES-Especial

Viagem a convite da Fiat do Brasil

Novo Fiat Freemont


 A Fiat revelou as primeiras imagens do Freemont, o primeiro veículo resultante da sua parceria com o Grupo Chrysler. Tem por base o Dodge Journey e será produzido na fábrica mexicana de Toluca, onde o Fiat 500 destinado ao mercado norte-americano é fabricado.

O Freemont oferece sete lugares, podendo os bancos da terceira fila ser completamente rebatidos de modo a ser criada uma plataforma de carga plana. O volume da bagageira pode ascender até aos 1461 litros.

Em termos de motores, o novo Fiat é proposto com versões 4x2 equipadas com os motores 2.0 Multijet de 140 e 170 cv, associadas a caixas manuais. Numa fase posterior, serão introduzidas as versões 4x4 com os motores 2.0 Multijet de 170 cv e o bloco a gasolina V6 3.6 de 276 cv, ambos acoplados a transmissões automáticas. Com excepção do 3.6 do Grupo Chrysler, todos os outros blocos são de origem Fiat.

O Fiat Freemont marcará presença no Salão de Genebra, em Março. As suas vendas arrancam no segundo semestre de 2011.
















sábado, 26 de março de 2011

Video Motor Fire

 

Dicas Motor Fire 1.0 Flex

Sistema do motor Fire 1.0 Flex
 
Conheça os detalhes da injeção eletrônica do motor Fire 1.0 bicombustível, que equipa os modelos de entrada da Fiat.
 
Carolina Vilanova
 






Os veículos bicombustíveis estão, definitivamente, tomando conta do mercado. Desde que foram lançados, em março de 2003, cerca de 425 mil unidades foram comercializadas por todo o País. Esse número comprova que o flexfuel chegou para ficar.
Sempre na vanguarda da informação, oferecemos o mais recente sistema de injeção eletrônica da Magneti Marelli para motores 1.0 bicombustíveis dos veículos Fiat  Mille, Palio e Siena; com detalhes de funcionamento, diagnóstico e  manutenção.
 
Injeção Flex 1.0
 
A tecnologia aplicada no novo sistema de injeção da Fiat é a SFS (Sofware Flexfuel Sensor), desenvolvida pela Magneti Marelli para ser utilizada nos primeiros bicombustíveis que a marca lançou no ano passado, com os motores 1.3 e 1.8 Flex. Esse software foi implantado no módulo de comando eletrônico - centralina - permitindo que o veículo seja abastecido com álcool, gasolina, ou qualquer proporção da mistura dos dois combustíveis, sem perder potência ou aumentar a emissão de poluentes na atmosfera.
 
Os motores com mil cilindradas têm maior sensibilidade e percebem com mais intensidade o combustível que será utilizado, além disso, exige rapidez na assimilação das regulagens e evidenciam as diferenças no consumo do combustível. “Por esse motivo, o processador é maior, com mais capacidade para ler e identificar as informações da sonda lambda e dos sensores de temperatura, velocidade, rotação, detonação e do nível de combustível”, informa Fernando Damasceno, gerente de Desenvolvimento de Produto da Magneti Marelli.
Com as informações reunidas, a centralina adequa o fluxo de combustível que será injetado e ajusta a mistura ar-combustível, além de detectar o instante em que a vela soltará a faísca para a queima da mistura. A proporção de álcool e gasolina será determinada em milésimos de segundo.
 
O que muda no motor
 
As seguintes mudanças foram feitas no motor 1.0 Fire, para receber a injeção eletrônica bicombustível:
 
a) a taxa de compressão subiu para 11,65:1;
 
b) o material das sedes e guias de válvulas ficou mais resistente ao álcool;
 
c) os bicos injetores e bomba de combustível ficaram com maior vazão;
 
d) a parede do coletor de admissão de plástico ficou menos rugosa;
 
e) a galeria de combustível de plástico, o corpo da borboleta e o sensor de temperatura e pressão do ar foram instalados no coletor;
 
f) foi instalado um sistema de partida a frio com gasolina;
 
g) após o corpo de borboleta, o coletor ganhou um furo calibrado para a injeção da gasolina.
 
Como funciona
 
Os sistemas de injeção flex e gasolina dos veículos 1.0 da Fiat contam com os mesmos sensores e atuadores. “As diferenças do modelo flex são a centralina, o software, a partida a frio e sensor de nível do reservatório de gasolina para partida a frio”, explica Damasceno.

Seu funcionamento é realizado por meio da centralina, responsável por definir a quantidade de gasolina injetada no motor, de acordo com a proporção de álcool acumulada no tanque. O sistema é baseado no desbandamento da sonda lambda, que tem um centro de funcionamento definido.

A sonda lambda lê a quantidade de oxigênio que o motor admitiu e identifica a mistura que será necessária para a combustão, analisando o ciclo anterior para saber qual mistura será necessária na próxima queima de combustível. “Em todos os momentos, a sonda informa para o sistema o que está acontecendo. Esse é o mesmo conceito do carro a gasolina, mas no caso do flexfuel, a sonda sai do centro da banda, para se ajustar ao sistema”, comenta Damasceno.
 
Diagnoses
 
Por contar com os mesmos sensores de um motor a gasolina, o profissional independente deve atualizar o software do seu scanner para identificar possíveis avarias no sistema flex 1.0. O scanner permite simular e determinar defeitos, desconectando os sensores.
 
Quando o defeito é na sonda lambda ou nos sensores, uma luz no painel de instrumentos acende alertando o motorista. Qualquer avaria faz com que a injeção entre em modo “recovery”, permitindo que o  motorista leve o carro até um mecânico sem comprometer o sistema ou outros componentes. “O sistema será ajustado em uma determinada proporção de mistura sem importar qual combustível está rodando”, analisa o gerente.

Durante o funcionamento, a centralina verifica constantemente o sistema em busca de avarias. Toda vez que a partida é acionada, é feita uma avaliação de todos os sensores ligados a ela, ou seja, temperatura da água, temperatura e pressão do ar, posição da borboleta, comando do motor de passo, giro do motor, pressão do óleo e detonação e sonda lambda. Componentes periféricos, bicos injetores, partida auxiliar, bomba de combustível e o sensor que monitora o ar-condicionado também são checados. Se for detectada alguma anormalidade, a luz do painel se acenderá.
 
Manutenção

O motor 1.0 flex precisa dos mesmos cuidados dos modelos a gasolina em relação à manutenção preventiva.
Trocar lubrificantes e filtros regularmente, além de abastecer com combustível de boa procedência é um dever do motorista. Porém, se o veículo rodar mais com álcool é recomendado que o filtro de combustível seja substituído a cada 10 mil Km, para evitar o acumulo de borra, que pode danificar o motor. O usuário precisa verificar se o reservatório de partida a frio tem gasolina suficiente e substituir o filtro de combustível ligado a esse componente, de acordo com a indicação do fabricante.

Ao realizar uma lavagem de motor, fique atento para não molhar a centralina, que pode comprometer todo o sistema. Da mesma maneira, a instalação de alarmes e equipamentos de som pode acarretar a perda da garantia de fábrica do sistema de injeção, pois envolve a parte elétrica do veículo.

Não é recomendado deixar o tanque vazio, pois pode causar contaminação e levar impurezas para a injeção e motor. O procedimento de revisão deve incluir a checagem do corpo da borboleta e limpeza dos bicos injetores a cada 15 mil km. Essas medidas prolongam a vida útil do equipamento. Vale lembrar que os bicos foram desenvolvidos para atender aos dois combustíveis e, no caso de substituição, devem ser usadas peças originais. 

Se for necessário trocar a bomba de combustível, o profissional deve procurar a bomba específica para veículos flex. Outro detalhe diz respeito à válvula ligada na mangueira do motor de partida, uma peça muito sensível e fácil de quebrar. Chamada de válvula de duas vias, é responsável por injetar a gasolina do reservatório de partida a frio no motor.
 
Desmontagem da galeria
 
1) O primeiro passo para desmontar o equipamento de injeção é deixar o carro desligado de um dia para o outro para despressurizar o sistema. Não esqueça de usar as ferramentas corretas e equipamentos de proteção. Comece removendo a capa de proteção do motor.
 
 
2) Solte os parafusos da galeria de injeção. Para retirar a galeria, segure firme nas extremidades e desloque-a com cuidado. 
 
 
 
 
3) Desconecte a mangueira da gasolina do motor de partida auxiliar, tomando cuidado para não deixar vazar gasolina na pintura do veículo, principalmente, se o combustível estiver pressurizado. 
 
 
 
 
4) Leve a galeria para uma bancada limpa e, em seguida, remova os conectores dos bicos injetores. Com a ajuda de uma chave de fenda, retire as travas.
 
 
 
5) Finalmente, retire os bicos injetores. Lembre-se de não segurar nos conectores do injetor. Puxe-os pela parte metálica para não quebrar a peça.

 
 
 
Dicas de montagem
 
Para montar a galeria no motor, o profissional deve realizar o processo inverso da desmontagem. Lembre-se de lubrificar os anéis o’rings com vaselina líquida. Esse procedimento garante encaixe suave dos bicos e evita que a borracha dos anéis resseque e trinque, causando vazamentos.

Na hora de conectar a mangueira do motor de partida a frio, prestar atenção para ouvir o “click” de encaixe do conector, que substitui as abraçadeiras. Ao fechar o motor com a capa de plástico, certifique-se de que o passador metálico está embaixo da peça, isso impede que o parafuso ao ser colocado, fure o coletor de admissão.
 
Onde estão os sensores
 


Sensor de pressão
 

Sensor de nível de óleo
 

Sensor de detonação


Sensor do comando de motor de passo
 

Sensor de temperatura de água
 

Válvula da borboleta
 

Sensor de giro
 

Mangueira do motor de partida
 

Sonda lambda
 

Fiat Doblô

Talvez por possuir cerca de 90% do mercado de multivans no Brasil, somente agora a Fiat tenha tomado a iniciativa de atualizar o Doblò nacional, defasado em quatro anos se comparado ao modelo europeu. Reestilizado e com a nova opção do motor 1.4 Fire, o modelo também estreia um novo acabamento básico para as configurações Cargo e passageiros na linha 2010. Os preços variam de R$ 48.950 a R$ 59.680.

Do ponto de vista estético, a maior mudança está na parte dianteira, que recebeu faróis de dupla parábola, nova grade e pára-choque com laterais na cor preta, num resultado mais harmonioso que na geração anterior, considerada feia por muitos. Atrás, as lanternas ficaram maiores e, a exemplo da parte frontal, mais belas. Os adereços fora-de-estrada da versão Adventure foram criados pelo Centro Estilo Fiat América Latina e incluem faróis de máscara negra, pára-choque frontal próprio, molduras nas caixas de rodas, retrovisores com luzes de direção integradas, lanternas fumê, estepe coberto e com trava antifurto.




No interior, as colunas passam a ser revestidas, há nova luz de leitura traseira e o painéis das portas trazem apóia-braço na traseira. A instrumentação do painel mudou, mas pouco: nas versões 1.4 traz velocímetro, conta-giros, marcador gradual de temperatura da água e do nível de combustível, e um display digital que exibe as informações do hodômetro, relógio, computador de bordo e My Car Fiat. A 1.8 HLX agrega display digital com computador de bordo B e informações do rádio. Na Adventure, bússola e inclinômetros passam a ser instalados no teto.

O propulsor 1.4 Fire, já aplicado na família Palio e Punto, gera 85/86 cavalos com gasolina e álcool, na ordem. No motor 1.8, de origem Powertrain, a potência é de 110/114 cv. No mercado brasileiro, o Doblò concorre com Peugeot Partner e Renault Kangoo, ambos produzidos na Argentina.